Metrô Curitibano

A capital paranaense apresenta junto ao Ministério das Cidades o projeto Metrô Curitibano. Dividido em duas etapas, o projeto prevê recursos superiores a R$3,25 bilhões e término das obras em 2016

Do subsolo de Curitiba, na Praça Tiradentes, já ressurgiu a história da capital, com um conjunto de calçadas e canaletas de drenagem datados da segunda metade do século XIX, além do piso do antigo mercado municipal. Mas agora, o que se pretende com o subsolo curitibano é a solução para o transporte coletivo. Trata-se do projeto “Metrô Curitibano – Linha Azul – Santa Cândida/CIC Sul”, proposto pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).


O projeto foi inscrito em abril deste ano, no Ministério das Cidades, para concorrer a recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) - Mobilidade Urbana. Curitiba enquadra-se o grupo “MOB 1”, formado por capitais de regiões metropolitanas, com população superior a três milhões de habitantes e concorre Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza e Salvador. O resultado da seleção dos projetos escolhidos será divulgado no dia 12 de junho.


De acordo com o presidente do IPPUC, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, o projeto “Metrô Curitibano” está sendo discutido há mais de três anos junto ao Governo Federal. “Trata-se de um projeto estruturado, conforme prioridade definida para a aplicação dos recursos do PAC da Mobilidade e com requisitos considerados relevantes como demanda suficiente, aumento da capacidade de transporte, integração com outros modais”, pontua o presidente do IPPUC.


Almeida explica que o projeto será dividido em duas etapas. A primeira, terá a extensão de 14,2km entre a Estação CIC-Sul, localizada próxima à Ceasa e a Rua das Flores, no Centro da cidade. Ao todo, serão percorridas 13 estações. Esta etapa está orçada em R$2,25 bilhões e o início das obras depende da aprovação do projeto junto ao Governo Federal para a obtenção dos recursos. O custo total da Linha Azul, em todo o seu percurso é estimado em R$3,25 bilhões, extensão de 22,4km, 21 estações para veículos compostos por cinco carros, capacidade para 1.450 passageiros e término das obras em 2016.


A Prefeitura de Curitiba busca, junto aos governos Federal e Estadual, a isenção dos impostos para as obras do metrô, podendo com isso, reduzir em mais de R$200 milhões os custos da construção.


Para Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e coordenador do G8, é essencial que as entidades representativas unam-se para que este projeto seja aprovado e um dos escolhidos. “A Federação do Comércio do Paraná e o G8 são favoráveis à implantação do metrô, e vamos trabalhar em conjunto à prefeitura fazendo com que seja possível a aprovação desse projeto e da liberação de recursos junto à bancada federal e aos senadores, no sentido de trazer investimentos para o Paraná”, pontuou Piana.


De acordo com o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, a cidade tem experiência na administração do transporte público e acredita que o município sob seu comando é uma dos favoritos a ter o projeto do metrô aprovado em Brasília, acrescentou Ducci.



Mudanças Urbanas Com a implantação do metrô em Curitiba, o IPPUC pretende mudar a paisagem da capital. Almeida revela que o instituto transformará as canaletas, hoje usadas exclusivamente para o tráfego dos ônibus biarticulados do sistema expresso, em um espaço de convivência. Elas serão denominadas ´Vias Urbanas´, com um extenso calçadão para pedestres, ciclovia, arborização e equipamentos de lazer e o metrô funcionará sob as canaletas. “O conceito para implantação do metrô em Curitiba é inovador, mantendo a prioridade ao transporte coletivo e privilegiando o pedestre e o ciclista”, salienta Almeida.


O presidente do IPPUC ressalta que um dos diferenciais do projeto apresentado por Curitiba é o fato dele surgir como um modal de um sistema integrado de transporte. “O metrô nasce como parte desta rede que hoje permite que enquanto estiver dentro do sistema, o cidadão use quantos ônibus precisar sem pagar nova tarifa. Ele não surge separado, mas já em um sistema que tem ônibus alimentadores, eixos estruturais e linhas interligadas”, enfatiza o presidente.



Silvia Bocchese de Lima

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