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Mostrando postagens de agosto, 2003

Tentando entender Barbeiro

Jesús Martin-Barbeiro, estudioso da comunicação, em seu livro “Dos Meios às Mediações”, relata que a vida no Ocidente está se tornando muito mais complexa. “A sociedade está vivendo mudanças profundas. Cada vez mais cedo, os jovens precisam tomar inúmeras decisões.” Santos Dumont e os irmãos Wright foram gênios com espíritos inventivos e corajosos, ao tornarem o desejo humano de voar, realidade. Charles Spencer Chaplin, Carlitos para seu público: um homem de pequena estatura, com um bigode gracioso, que carregava uma bengala e usava um chapéu-côco, encantou o mundo ao ajudar na construção da história do cinema mundial. Nos Estados Unidos da América, um homem sonhava que um dia, seus quatro filhos viveriam em uma nação onde não seriam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Martin Luther King lutava pela liberdade e acreditava que negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos seriam capazes de darem-se as mãos e declararem que eram livres. Elvis P

Se me atrapalha, logo consumo

Não. Não cabe a nós, meros seres humanos, qualificarmos outros seres humanos como anjos ou demônios. O conjunto de restrições, imperativos e normas ditadas pela sociedade, bem como a índole de cada ser humano, o contexto em que este está inserido são determinantes na construção do caráter individual do cidadão. De acordo com a Filosofia, as necessidades são carências de qualquer natureza. Por força destas perdas e ausências é que atribuímos valor ao que nos cerca. Neste processo, tudo o que se apresenta capaz de suprir e acabar com o déficit é valioso. Gilberto Dimenstein afirma que vivemos em uma sociedade que reverencia a velocidade, o efêmero tecnológico, o corpo, o desempenho, o sucesso individual, a moda. O valor das pessoas está muito mais no ter e, principalmente no aparentar, do que no ser. A busca constante da satisfação imediata estimula a impulsividade. Tem-se tornado uma realidade, o fato do ser humano não saber lidar com os limites e com a frustração. A cada dia ele se tor

Livre, Eu Quero Ser!

Que coisa interessante. Sempre imaginei que a juventude da década de 60, aquela mesma que inventou, junto com Elvis, o rock n'roll; que com Martin Luther King sonhava com a liberdade e a igualdade racial, fosse presa. Mas como não pensar assim, se o Ernesto, é o Che Guevara, argentino, sangue bom, pregava e liderava a revolução cubana? Depois, vieram os anos 70, e por força do mesmo ideal libertário, os jovens burlaram todo o tipo de censura imposta pela sociedade, romperam as barreiras, cantaram "paz e amor" aos quatro cantos do mundo. E eu, achava que eles continuavam presos. Meu Brasil verde e amarelo buscava a sua democracia. Isso já era anos 80. Depois de anos de tirania, nas mãos dos militares e de uma ditadura que prendeu sonhos, destruiu famílias, demoliu a liberdade de expressão, a juventude protestou. As Diretas Já explodiram pelas ruas e tomaram conta do ideal nacional. Mas que ingenuidade a minha, eu pensava que eles continuavam presos. Minha liberdade começou