Barreiras ao comércio exterior

Por meio de pesquisa, a Fecomércio PR identificou os principais entraves ao comércio exterior. A ideia é compor propostas a serem apresentadas aos governos estadual e federal 

  Quando o assunto é comércio exterior, o saldo da balança comercial do Paraná não é positivo. O estado foi responsável, em 2013, por US$ 18,23 bilhões em exportações, conquistando a quinta posição entre os  estados brasileiros. Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social  (Ipardes), as importações do estado totalizaram US$19,34 bilhões. Em 2014, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), divulgou que de janeiro a novembro, as exportações do estado já ultrapassavam a casa dos US$ 15,3 bilhões, contra US$ 16,07 bilhões em importações.
Representando 64,05% do setor produtivo do estado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), por meio da Diretoria de Relações Internacionais e do Grupo Técnico de Comércio Exterior, pesquisou entre os empresários, os entraves ao comércio exterior. A metade dos entrevistados detém cargo de diretor ou gerente na empresa, representando perfil estratégico nas questões de Comércio Exterior.
Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a Fecomércio PR tem preocupação
constante com o comércio exterior. “Queremos ser parceiros deste processo, saber o que pode ser feito para melhorar o comércio exterior. Entendemos a necessidade de qualificarmos, ainda mais, a mão de obra daqueles que trabalham neste setor. Com esta pesquisa, queremos aproveitar o conhecimento dos empresários e que este conhecimento possa ser dividido com os demais”, pontuou.
De acordo com o diretor de Relações Internacionais da Fecomércio PR, Rui Lemes, com os dados da pesquisa em mãos e conhecendo os anseios do empresário, será possível discutir e nominar os tópicos,
buscando junto às entidades governamentais do Paraná minimizar estes problemas.
A pesquisa revelou que os principais mercados que comerciam com o Brasil são a América Latina e a Ásia, ambos com 28%, seguido da Europa, com 17% e da América do Norte, América Central e Caribe, com 13%. Tanto nas importações quanto nas exportações, 26% dos empresários movimentam, anualmente, quantias acima de R$ 10 milhões, enquanto isso, para 35% dos exportadores o volume médio anual de até R$500 mil e, nas importações, este montante é movimentado por 33% dos empresários.

ENTRAVES
A burocracia, morosidade, custos de armazenagem, impostos e acesso ao crédito são os principais entraves ao comércio exterior quando o assunto são os aspectos alfandegários. Na área aduaneira, o tempo e os custos são as principais dificuldades encontradas.
Nos aspectos tributários, a dor de cabeça do importador e exportador é a complexidade e a dificuldade de compreensão do sistema tributário, o custo dos tributos e a demora dos diversos órgãos no processamento tributário. A instabilidade e as constantes mudanças no câmbio, o custo das operações de câmbio e o desconhecimento de formas de proteção também preocupam o empresário. Ainda são motivos de preocupação dos empresários os custos logísticos e as dificuldades de acesso às mudanças legislativas e ao crédito.


ASPECTOS POSITIVOS
Mas nem tudo são espinhos quando se fala de comércio exterior. A pesquisa mostrou que o empresário
vê como positiva a maneira como os órgãos intervenientes prestam apoio a oportunidades de negócios, a facilitação e informatização dos processos, a seriedade e a credibilidade das instituições competentes.


Principais mercados
América Latina: 28%
Ásia: 28%
Europa: 17%
América do Norte, Central e Caribe: 13%
Oriente Médio: 9%
África: 5%


Texto: Silvia Bocchese de Lima
Foto: Ivo Lima
Revista Fecomércio PR - nº 103

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