Comunicação estratégica
Planejamento,
ações e estratégias de comunicação para os próximos anos, foram temas debatidos
por assessores de comunicação do Sistema Comércio de todo o Brasil, em Curitiba
Segundo a chefe da Assessoria de Comunicação da
CNC, Cristina Calmon, a comunicação precisa ser pensada de maneira eficaz no
Sistema Comércio. “A comunicação tem papel muito importante. Trata-se de um
pensamento inteligente para auxiliar as organizações, como a Fecomércio e as
entidades, a se comunicarem melhor com todos os seus públicos, planejadamente”,
disse.
O coanfitrião do evento e presidente do Sistema
Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, destacou o histórico do setor de
comunicação no estado, resultando na criação do Núcleo de Comunicação e Marketing.
“Tudo o que se faz no Paraná é integrado e cada um faz a sua missão; com isso,
somamos forças. Integramos as casas para produzirmos mais e melhor. Para que o
público tome conhecimento de tudo o que fazemos só é possível por meio da
comunicação”, avaliou Piana.
O presidente acredita na integração da comunicação
em todo o Sistema Comércio. “Este é o momento de trocarmos ideias daquilo que
fazemos de bom, de escutar o que os outros têm de melhor e procurar adequar as
nossas necessidades para que possamos melhorar a comunicação. Acredito que em
breve, todo o Brasil estará integrado”, pontuou.
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Segundo a diretora da Rebouças Associados, Nádia Rebouças, planejar não
é uma tarefa que qualquer um desenvolva. “Planejar é tarefa para curiosos”,
defendeu. “Para ser um bom planejador não é necessário ter só curiosidade, mas
se não a tiver, é impossível. Planejamento parte do princípio de entender como
as coisas funcionam, como as pessoas sentem. O grande desafio de encontrarmos
soluções para o mundo é termos uma visão sistêmica. Planejamento é um processo,
precisa ter ousadia, pensamento e originalidade”, complementou Nádia.
Ela pontuou a importância da comunicação nas
organizações. “Apesar da comunicação ser indispensável estrategicamente, as
empresas dificilmente entendem isso. A comunicação interna é oxigênio, e
constrói os caminhos para a evolução da organização, é a marca sendo transmitida,
é uma experiência viva”, salientou.
Para Nádia, as organizações só terão resultados
diferentes se ousarem pensar distintamente. “A comunicação não verbal também
tem voz. Todas as nossas ações comunicam. E todas são um ato simbólico. Toda
comunicação não verbal tem o poder de confirmar ou desmentir a nossa
comunicação verbal. Hoje, uma empresa só é dona da sua imagem, não mais da
reputação da marca”, salientou Nádia.
O assessor legislativo
da CNC, Ênio Zampieri,
apresentou a Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis), coordenada
pela Assessoria junto ao Poder Legislativo da CNC (Apel),
e pontou a importância destas ações serem trabalhadas pelas assessorias de
comunicação das federações.
Os
participantes do encontro puderam, ainda, apresentar cases de ações realizadas em seus estados e participar de grupos de
trabalho sobre planejamento de comunicação. Foram expostos os trabalhos do
Núcleo de Comunicação e Marketing do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR; o
processo de criação e distribuição da Revista Fecomércio PB; o uso da mídia
digital pela Fecomércio SC e o trabalho de assessoria da CNC. Além disso, os
visitantes conheceram dois espaços administrados pelo Sesc, no Paraná: o Sesc
da Esquina e o Sesc Paço da Liberdade.
Sobre os
trilhos
O aviso na parede da rodoferroviária de Curitiba já
alertava aos visitantes e participantes do VI Encontro de Assessores de Comunicação
do Sistema Comércio que “viajar é trazer lembranças inesquecíveis na bagagem”.
Foi com esta promessa e um frio de 13ºC que o grupo de comunicadores de todo o
Brasil partiu da capital paranaense rumo a Morretes, em uma viagem sobre os
trilhos.
“O ouro verde paranaense – a erva mate – foi o
motivador para a abertura da estrada de ferro em 1880, e para sua conclusão, foram
necessários cinco anos de trabalho e 480 toneladas de aço vindos da Bélgica”,
começou a relatar a guia turística.
Os 68 sinuosos quilômetros que separam Curitiba de
Morretes foram percorridos em pouco menos de quatro horas, a uma velocidade
máxima de 45 km/h – uma viagem que se contrapõe à celeridade do dia a dia,
revelando a beleza da Serra do Mar e da Mata Atlântica.
A viagem incluiu um tour por 13 túneis e pela história dos irmãos Rebouças, notáveis
engenheiros baianos responsáveis pelo audacioso traçado da estrada de ferro;
passando por Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul – considerado
traidor da pátria, morto a tiros no km 65 da estrada. Há seis anos, o erro
histórico foi corrigido, o barão declarado inocente, e seu nome foi incluído no
Livro de Aço dos Heróis da Pátria.
Hortênsias, bromélias, ruínas de construções,
precipícios, rios, quedas d´água, Véu da Noiva, Pico Coroado, Saltos dos Macacos
e Viaduto Carvalho. Todo o caminho é um convite ao registro e o desafio é
conseguir o melhor ângulo para as fotos, mesmo que a orientação da guia revele:
“a alguns metros, à direita, a sua diagonal abaixo, teremos a vista da Represa
Ipiranga”.
Na chegada, a turística e hospitaleira Morretes
revela aos visitantes o tradicional prato paranaense: o Barreado. A feira
dominical serviu para conhecerem as irrecusáveis balas de banana e provarem dos
licores preparados artesanalmente.
O passeio seguiu de ônibus a Antonina, com seus
curiosos telhados – cujas telhas eram fabricadas nas coxas das escravas, que
resultavam em diferentes tamanhos e formatos –, as eiras e beiras – que
revelavam o poder econômico dos moradores das casas –, e as paredes fabricadas
com conchas, misturadas a pedras e óleo de baleia.
Por fim, os viajantes retornaram a Curitiba,
cansados, novamente silenciosos e sonolentos, celulares descarregados, mas com
os cartões de memória repletos de belas imagens e uma experiência única para
contar.
Texto:
Silvia Bocchese de Lima
Fotos: Ivo Lima
Revista Fecomércio PR - nº 100
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