Centro de Difusão Musical, em Maringá

O Sesc Maringá ampliou sua estrutura e entregou à cidade um novo espaço para o desenvolvimento musical de crianças, músicos profissionais e em profissionalização, professores da rede pública, regentes, idosos, comerciários e dependentes




Utilizada desde a antiguidade como meio de comunicação, a música é uma arte que tem nos sons a sua forma de expressão maior. Detentora de um poder sinestésico, ela é capaz de provocar emoções coletivas. Nunca consumiu-se tantos produtos musicais como agora e o Sesc atua, em todo o país, com o intuito de desenvolver um mercado consumidor musical criterioso, diversificado, amplo e que alcance a excelência.


No Paraná, a instituição busca constantemente, a renovação e formação de plateias, mudando hábitos e fazendo constantes convites à boa música brasileira. Uma das ações que colocam em prática esta missão é o Centro de Difusão Musical (CDM) do Sesc Maringá, que entrou em funcionamento neste ano. São quatro salas de aulas, três dessas utilizadas para ensaios e uma para pesquisas, aparelhada com computadores, equipamentos para audição e um acervo composto por livros, CDs e DVDs, além de acesso ao Banco Sesc de Partituras.


Este é o primeiro núcleo criado no Paraná, estruturado especificamente para estudos e o desenvolvimento de atividades relacionadas à música. De acordo com o técnico de atividades de música do CDM, Marcello Teles, foram mapeadas as necessidades e carências musicais em diferentes níveis a seis tipos de público: comerciário e dependentes; crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental; músicos profissionais e em profissionalização; professores da Rede pública e da Educação Infantil; regentes e idosos. “A esses públicos estarão disponíveis ações sistemáticas e eventuais no campo da música, práticas musicais em grupo, eventos e apresentações musicais ”, pontua Teles.


A unidade do Sesc Maringá construiu ao longo do tempo uma forte identidade relacionada à música. Por esta razão, a cidade foi escolhida para que o projeto do CDM fosse colocado em prática. “Prova dessa relação com a música são os 34 anos de realização do Femucic, a Mostra de Música Cidade Canção. A implantação do CDM vem, definitivamente, consolidar a contribuição do Sesc na cidade de Maringá, visando o desenvolvimento cultural, através da música”, enfatiza o técnico de música da gerência de Cultura do Sesc PR, Emersonn Amaral. 


De fevereiro a dezembro, na nova estrutura serão oferecidos cursos de iniciação aos diversos instrumentos orquestrais, de sopro, de cordas e de percussão, como: violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta transversal, saxofone, trompete, trombone e percussão. Também serão ministrados cursos de formação e atualização para regentes de coros; de história da música e percepção musical, além da formação de coros de comerciários; de idosos; de Câmara e infanto-juvenil.

 Sesc Partituras
Para contribuir com o cenário musical, o Sesc lançou, em abril, um portal voltado à difusão da música brasileira e à formação de novos músicos e grupos de câmaras, em 23 cidades brasileiras. O site www.sesc.com.br/sescpartituras funciona como uma biblioteca virtual de música que permite o acesso a composições brasileiras de todas as épocas.


Para o lançamento do portal, o Sesc Maringá recebeu o pianista Ticiano Biancolino; o violonista Paulo Egídio Lückman e o violoncelista Pedro Henrique Ludwig, interpretando obras que compõem o acervo de músicas do portal.


De acordo com Amaral, a procura por partituras no ambiente virtual vem crescendo continuamente, entretanto, são raros os sites confiáveis que disponibilizam as partituras originais, revisadas e de forma gratuita, como no caso, o Sesc Partituras. “Com esta ação, o Sesc promove a preservação e difusão do patrimônio musical brasileiro, através da disponibilização de partituras editadas. São várias gerações de compositores brasileiros, desde o período colonial, até hoje”, acrescenta Amaral.



Neste banco de partituras, encontram-se obras originais de interesse histórico, muitas delas pertencentes a acervos particulares de compositores e colecionadores. Cabe ao Sesc e a sua equipe de especialistas, pesquisar, digitalizar, revisar as obras e atualizar o acervo. O banco também está aberto ao recebimento de obras de compositores contemporâneos. “O portal caracteriza-se como difusor da produção musical brasileira em sua ampla diversidade”, conclui Amaral.



Silvia Bocchese de Lima
Foto: Paulo Matias
Revista Fecomércio 87


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