A CxHxAxVxE para ir além da competência
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Empresas buscam, cada vez mais, pessoas que possuam atributos técnicos, mas também, profissionais com caráter e personalidade. A chave para o sucesso profissional está em equilibrar dois tipos de conhecimento: o técnico e o humano
Regularidade e excelência estão na ordem do dia dos profissionais que ultrapassaram a competência. Empresas modernas já não medem o desempenho dos seus colaboradores pelo efeito de um ato isolado, mas pelos resultados obtidos continuamente. Para o médico e professor, 1Eugenio Mussak, é necessário buscar, ininterruptamente, a melhoria e o desenvolvimento profissional e pessoal. “Um toque de gênio em uma rotina diária medíocre não garante mais o emprego nem o sucesso de ninguém. É preciso regularidade. Temos que evoluir sempre e, podemos conseguir isso, procurando melhorar o que fazemos”, salienta Mussak.
Mas quais são as características para ser um profissional que ultrapassa a competência e quais são as exigências do mercado? Antes de responder às perguntas, Mussak apresenta o conceito de competência. “O moderno mundo competitivo ainda premia as pessoas competentes, ou seja, as capazes de competir e competir significa obedecer a uma situação preestabelecida, com normas herdadas, isso quer dizer que não participamos de sua elaboração. Há pessoas capazes de competir, estas são as competentes, e há pessoas capazes de construir novos cenários – estas são as que estão além da competência”, conceitua.
Conceito apresentado, Mussak utiliza fórmulas para explicar a competência ao longo do último século. Baseado em uma equação desenvolvida por Frederick Taylor, no início da era industrial, Mussak ressalta que a competência organizacional era proporcional ao resultado obtido no menor tempo possível, com o mínimo de esforço. Hoje, entretanto, novos fatores foram incluídos na matemática da competência.
Foi da Universidade de Harvard, no começo do século passado, que surgiu uma segunda fórmula que representa a competência humana. De acordo com Pedro Mcluhan, para que as empresas pudessem ser competitivas era preciso investir nas pessoas, afinal competência é algo que pode ser desenvolvido e construído. Neste novo conceito, nenhum dos fatores pode ser nulo, pois tornaria a competência nula também. Isso quer dizer, que quanto maior for o Conhecimento e o saber, a Habilidade de fazer e a Atitude de querer, maior será a competência de um profissional.
Assim como a sociedade se modificou e os seus anseios também, surge um novo conceito para a competência do século XXI e duas novas preocupações passam a fazer parte do perfil do profissional metacompetente: Valores e Entorno. Isso significa que um profissional competente sem valores deixa de ser competente e que ele precisa interagir e saber conviver com os opostos, com variações comportamentais em um mundo que varia enormemente.
O trabalhador do Século XXI
Para Mussak, as organizações vencedoras buscam pessoas capazes de se adaptar, aquelas que toleram variações de tendências de mercado, dificuldades financeiras, mudanças de lideranças de rumo. “O mundo moderno tem exigido profissionais que assimilam os golpes das oscilações do dólar e da queda de consumo. Aquele que assume o trabalho do assistente que foi dispensado com a mesma tranquilidade com que delega tarefas para equipes que foram ampliadas”, pontua o médico.
A década de 90 é um importante marco na história da humanidade, afinal, é nela que o mundo virtual torna-se tão presente quanto o mundo concreto. Este período é chamado de Era do Conhecimento, onde a informação deixou de ser exclusividade de poucos e passou a ser uma espécie de commodity. E é a "Era do Conhecimento" que traz novas exigências pessoais e profissionais.
Para este século, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) listou as principais necessidades da educação e elas mostram, também, quais as principais características para o trabalhador do século XXI.
A primeira delas é Flexibilidade, ou seja, a capacidade de adaptação após mudanças. É ela que permite que as pessoas mudem de área de atuação com naturalidade ou então, que as empresas mudem os portfólios de acordo com as demandas do mercado. Criatividade é outra importante ferramenta, afinal, o diferencial desejável é a capacidade de processar e utilizar as informações de forma original e inovadora. Para Bill Capodagli, consultor de empresas nos Estados Unidos, a criatividade é um processo social e mental, que requer tanto pessoas como equipes. “Climas criativos exigem liderança e um estilo de gerenciamento que ajude as pessoas a se desenvolverem e a crescerem e que permita que se divirtam no processo”, diz Capodagli.
Já dizia o ditado que informação nunca é demais, mas ela deve ser constantemente atualizada e reciclada, afinal isso faz parte do desenvolvimento. A comunicação não poderia deixar de fazer parte das características do profissional do século XXI e ela é imprescindível para a qualidade do atendimento ao cliente e para a integração de grupos de trabalho. “Entender o mercado e se fazer entender por ele é vital. Comunicar-se adequadamente com os pares dentro das organizações, integra uma ciência nova e relevante, que é a da gestão do conhecimento”, pontua Mussak. E também é necessário entender as diferenças culturais da sociedade. “Cada pessoa deve estar impregnada da capacidade de compreender, respeitar e conectar-se com as diferenças culturais e de percepção dos fatos. Isso é sociabilização”, acrescenta.
Além disso, este século busca por profissionais responsáveis por suas ações são esses os que exercem, com mais frequência e intensidade os papéis de liderança. O mercado também não busca profissionais que apenas cumpram ordem e realizem bem suas tarefas. “Busca-se pessoas capazes de agregar valor ao trabalho através da ousadia, criatividade e inovação, atributos do empreendedor”, salienta o médico.
Por fim, intimidade com as novas tecnologias são indispensáveis, independente da idade, sexo ou da profissão que exerça. “A tecnologia só substituirá o homem que não aprender a conviver com ela. Se o convívio for saudável, a tecnologia funcionará como um agregado importante na construção da competência pessoal e organizacional”, conclui Mussak.
Se você busca ser um profissional metacompetente, aqui está a CHAVE da competência! Mãos à obra!
Sugestão de Leitura:
Metacompetência: Uma nova visão do trabalho e da realização pessoal
Autor: Eugenio Mussak
Editora Gente
1Eugenio Mussak é formado em Medicina pela UFPR, com especialização em Fisiologia Humana. É professor da USP, educador e consultor empresarial, membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Autor de diversos livros e colunista das revistas Você S.A. e Vida Simples, do portal UOL e comentarista da Rádio Eldorado.
Se você busca ser um profissional metacompetente, aqui está a CHAVE da competência! Mãos à obra!
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Autor: Eugenio Mussak
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1Eugenio Mussak é formado em Medicina pela UFPR, com especialização em Fisiologia Humana. É professor da USP, educador e consultor empresarial, membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Autor de diversos livros e colunista das revistas Você S.A. e Vida Simples, do portal UOL e comentarista da Rádio Eldorado.
Silvia Bocchese de Lima
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