Bom Apetite!
Está na hora de avaliar o que você tem levado à sua mesa e rever seus conceitos sobre segurança dos alimentos!
Os jornais noticiam: “Comida de festa de casamento leva noivos e convidados para hospital”, “Almoço em festa causa intoxicação alimentar em mais de 100 pessoas”, “Pessoas com intoxicação alimentar lotam hospital”. As histórias se repetem e as Doenças Transmitidas por Alimentos, as DTAs, são conhecidas há muitos séculos. Porém, engana-se quem pensa que apenas alimentos contaminados, em estado de putrefação são os que oferecem riscos à saúde: um belo prato, um alimento cheiroso e saboroso pode esconder perigos invisíveis.
Infelizmente, o ditado popular de que “aquilo que os olhos não vêem o coração não sente” não pode ser aplicado para outros órgãos do corpo humano. Intestinos, fígado e estômago sofrem e muito com a ingestão de alimentos infectados.
De acordo com a gerente de Saúde do Sesc Paraná e nutricionista, Vanessa Penteado, náuseas, vômitos e diarréia são sintomas de DTAs e podem ser causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas, agrotóxicos, produtos químicos e metais pesados. E Vanessa alerta: além dos habituais cuidados de higiene do local, do manipulador e dos alimentos, é preciso cuidar a temperatura com que eles são mantidos e consumidos. “É preciso estar atento ao tempo que o alimento fica fora da zona de segurança, ou seja, ele não pode permanecer mais do que duas horas em temperaturas acima de 5ºC e abaixo de 60ºC”, ressalta.
Um dos alimentos que deve ter atenção redobrada é o ovo. Muitas vezes, este alimento é transportado e mantido sem refrigeração e consumido fora do período de validade, e aí mora o perigo! A nutricionista salienta que é imprescindível que este alimento seja mantido sob refrigeração, para evitar a multiplicação da bactéria Salmonella e lembra que ovos e carnes devem ser ingeridos bem cozidos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a multiplicação de microrganismos perigosos é muito rápida e quando estão fora da zona de segurança, especialmente em temperaturas próximas de 37ºC, uma única bactéria, por exemplo, pode dar origem a um milhão de bactérias em cerca de seis horas.
Quando a carga bacteriana de um alimento está elevada, nosso sistema imunológico muitas vezes não é capaz de evitar doenças e então, as DTAs, que são mais de 250 tipos diferentes, atacam! E as crianças, idosos e imunodeprimidos são as principais vítimas. Essas doenças podem se manifestar por meio de infecções, como a salmonella, hepatite viral tipo A e toxoplasmose; por intoxicações, quando as toxinas, ou “venenos” de bactérias e vírus estão presentes no alimento consumido e por toxinfecção, com a ingestão de alimentos contaminados com microorganismos que fabricam a toxina dentro do intestino, como por exemplo, a cólera.
A nutricionista do Sesc PR, Rubia Pereira, lembra que alimentos com alta manipulação são os que mais oferecem riscos à saúde do consumidor, exemplo disso são lasanhas e empadões, que quando não produzidos com Boas Práticas podem ser contaminados. Ela sugere que ao consumir alimentos em restaurantes e lanchonetes, você opte por aqueles que têm uma probabilidade menor de estarem contaminados. Para isso, escolha arroz, feijão e carnes com molhos, pois são alimentos que mantém melhor a temperatura e evite consumir aqueles que têm cremes e maioneses.
Em casa, o consumidor não pode deixar de tomar cuidados! Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, as residências são os locais com maior ocorrência de surtos, cerca de 48,5% dos casos, seguidas de restaurantes (18,8%) e escolas (11,6%). Para evitar a ocorrência de DTAs, use sempre água e alimentos seguros, tome cuidados com a higiene, separe sempre os alimentos crus dos cozidos e quando for cozinhá-los, faça-o completamente e mantenha-os em temperaturas seguras (abaixo de 5°C, na geladeira, por até cinco dias ou acima de 60°C, por até seis horas).
PAS no Sesc
Para prevenir as DTAs aos seus clientes, o Sesc PR possui em seus restaurantes e lanchonetes as Boas Práticas do Programa de Alimentos Seguros – Segmento MESA implantadas, que garantem a saúde dos trabalhadores.
PAS no Sesc
Para prevenir as DTAs aos seus clientes, o Sesc PR possui em seus restaurantes e lanchonetes as Boas Práticas do Programa de Alimentos Seguros – Segmento MESA implantadas, que garantem a saúde dos trabalhadores.
Para alertar consumidores sobre como adquirir, transportar, preparar, reaproveitar e consumir alimentos de forma cada vez mais segura, o Sesc, em uma ação conjunta com o Senai, Senac, Sebrae e Sesi, irá desenvolver o Programa Alimentos Seguros, o PAS Consumidor.
E uma das ações que estão programadas é o lançamento do programa, no Mercado Municipal de Curitiba, nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2010, com a presença do Dr. Bactéria, o biomédico Roberto Figueiredo. A participação do público é gratuita e lá será possível conhecer a Cartilha do Consumidor para uma Alimentação Segura e os perigos biológico, físico e químico.
Tomando todos os cuidados para uma alimentação segura, quem sabe você não se torna o personagem principal e é destaque de matérias que ressaltam exemplos de consumidores e estabelecimentos comerciais que executam as boas práticas de manipulação de alimentos? Então, bom apetite e boa leitura!
Cuidados básicos para uma alimentação segura
No Supermercado
- Escolha os estabelecimentos pela limpeza, pelo aspecto geral e hábitos de higiene dos atendentes;
- Comece as compras pelos não perecíveis, como arroz, farinha, enlatados, deixando os alimentos resfriados (laticínios, pescados frescos) e congelados por último;
- Observe sempre o prazo de validade e a rotulagem com explicações sobre o alimento e
- Não compre produtos com embalagens danificadas.
No Transporte para Casa
- Se comprou alimentos congelados e resfriados, vá direto para casa. Caso não possa, guarde-os em isopor ou sacola térmica e acondicione em freezer ou geladeira assim que for possível.
Em Casa
- Guarde primeiro os alimentos resfriados e congelados;
- Mantenha os alimentos protegidos por tampas, filme plástico ou similares;
- Guarde os alimentos crus nas partes mais baixas da geladeira e em recipientes que não deixem escorrer líquidos;
- Lave bem frutas, verduras e legumes;
- Lave bem as mãos e os utensílios que serão utilizados no preparo dos alimentos;
- Tire anéis e prenda os cabelos quando for preparar os alimentos;
- Não descongele alimentos à temperatura ambiente;
- Mantenha os alimentos em temperaturas seguras: preferivelmente abaixo de 5ºC e acima de 60ºC;
- Cozinhe e reaqueça muito bem os alimentos, inclusive as sobras, antes do consumo;
- Alimentos ainda quentes (sem vapor) devem ser colocados em recipientes rasos, cobertos e resfriados ou congelados. Se quiser acelerar o resfriamento, coloque os recipientes destampados na geladeira e cubra-os duas horas depois e
- Após as refeições, guarde as sobras rapidamente na geladeira, usando recipientes pequenos e rasos, sempre cobertos.
Ao Comer Fora de Casa
- Selecione onde comer pela higiene do estabelecimento e pelo aspecto e higiene dos funcionários e
- Observe se os alimentos frios são mantidos em baixas temperaturas (bem frios) e se os quentes estão mantidos em alta temperatura (bem quentes).
- Escolha os estabelecimentos pela limpeza, pelo aspecto geral e hábitos de higiene dos atendentes;
- Comece as compras pelos não perecíveis, como arroz, farinha, enlatados, deixando os alimentos resfriados (laticínios, pescados frescos) e congelados por último;
- Observe sempre o prazo de validade e a rotulagem com explicações sobre o alimento e
- Não compre produtos com embalagens danificadas.
No Transporte para Casa
- Se comprou alimentos congelados e resfriados, vá direto para casa. Caso não possa, guarde-os em isopor ou sacola térmica e acondicione em freezer ou geladeira assim que for possível.
Em Casa
- Guarde primeiro os alimentos resfriados e congelados;
- Mantenha os alimentos protegidos por tampas, filme plástico ou similares;
- Guarde os alimentos crus nas partes mais baixas da geladeira e em recipientes que não deixem escorrer líquidos;
- Lave bem frutas, verduras e legumes;
- Lave bem as mãos e os utensílios que serão utilizados no preparo dos alimentos;
- Tire anéis e prenda os cabelos quando for preparar os alimentos;
- Não descongele alimentos à temperatura ambiente;
- Mantenha os alimentos em temperaturas seguras: preferivelmente abaixo de 5ºC e acima de 60ºC;
- Cozinhe e reaqueça muito bem os alimentos, inclusive as sobras, antes do consumo;
- Alimentos ainda quentes (sem vapor) devem ser colocados em recipientes rasos, cobertos e resfriados ou congelados. Se quiser acelerar o resfriamento, coloque os recipientes destampados na geladeira e cubra-os duas horas depois e
- Após as refeições, guarde as sobras rapidamente na geladeira, usando recipientes pequenos e rasos, sempre cobertos.
Ao Comer Fora de Casa
- Selecione onde comer pela higiene do estabelecimento e pelo aspecto e higiene dos funcionários e
- Observe se os alimentos frios são mantidos em baixas temperaturas (bem frios) e se os quentes estão mantidos em alta temperatura (bem quentes).
Os Perigos nos Alimentos
Perigo Biológico
Microorganismos (ou micróbios), tais como bactérias, bolores (fungos), vírus e parasitas são as principais causas de contaminação dos alimentos. Por serem muito pequenos, não podem ser vistos a olho nu.
Alimentos contaminados por certos micro-organismos podem causar diarréia, vômitos, febre e também doenças graves como a meningite, hepatite, entre outras.
Perigo Químico
Desinfetantes, produtos para matar ratos e inseticidas são exemplos de agentes químicos que podem, por engano ou descuido, contaminar os alimentos.
Outros perigos químicos são os produtos usados no campo, como agrotóxicos e antibióticos, que podem estar presentes nos alimentos por falha na produção.
Perigo Físico
Pedrinhas, pedaços de vidro, ossos, espinha e prego são materiais que podem estar presentes nos alimentos e ferir quem os consome.
Fonte: Cartilha do Consumidor para uma Alimentação Segura
Agende-se
De 24 a 26/11, no Mercado Municipal de Curitiba, estará presente o Dr. Bactéria.
A participação do público é gratuita e saiba como consumir alimentos seguros.
Silvia Bocchese de Lima
Revista Fecomércio nº 78
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