Curitiba: cidade exílio de Dalton Trevisan

Dalton Trevisan | Crédito imagem: reprodução da internet e corrigidas imperfeições da imagem por IA Silvia Bocchese de Lima Dalton Trevisan tinha uma Gotham para chamar de sua. Por muito tempo, foi no encontro das Ruas Ubaldino do Amaral com a Amintas de Barros, no Alto da XV, em Curitiba, que o vampiro se abrigou. Na capital paranaense – “a província, cárcere, lar” – nasceu, viveu, escreveu e morreu. Chegou a declarar, quase suplicar em seu polêmico conto Canção de Exílio , de 1984, publicado no O Estado de São Paulo , que Deus não permitisse que ele morresse por aqui. “Castigo bastante é viver em Curitiba | Morrer em Curitiba que não dá | Não permita Deus | A não ser bem longe daqui.”. O apelo não foi atendido. Aos 99 anos, em 9 de dezembro de 2024, ele faleceu onde não queria, muito embora tenha dito que “Curitiba que é cidade boa para um sujeito morrer, porque o cemitério tem as ruas silenciosas e quietas”. Ainda que já seja nome de ruas e travessas em Cascavel, Fazenda ...