Respeitável público
Felipe Ternes, o Palhaço Sarrafo |
Senhoras e senhores! Nos
palcos e nos picadeiros preparados em todo o Paraná, o palhaço, o circo, o
teatro, a dança e a música entraram em cena, durante a realização da série de
espetáculos do Palco Giratório 2018 – o maior circuito de artes cênicas do Brasil
e um dos maiores da América Latina.
Pelo Brasil, 20 grupos
circularam em 132 cidades de todas as regiões do país, sendo responsáveis por
625 apresentações e 1.679 horas de oficinas. No Paraná, a 21ª edição foi realizada
nos meses de novembro e dezembro, com 36 espetáculos de diferentes linguagens
das artes cênicas – teatro, teatro de rua, musical, circo, dança, teatro para
bebês e infanto-juvenil – apresentados em Curitiba, São José dos Pinhais,
Londrina, Maringá, Cascavel, Campo Mourão, Jacarezinho e Paranavaí. Destinado
ao público de todas as idades, três mostras foram preparadas com 11 grupos
participantes. “Promover as artes por meio de um projeto como o Palco Giratório
vai ao encontro das Políticas Culturais do Sesc, ao apoiar formas de expressões
artísticas que são parte formadora de nosso imaginário e patrimônio cultural
nacional”, destaca o analista da Gerência de Cultura do Sesc PR, Cleber Pereira
Borges.
Além das
apresentações, foram realizadas no estado 28 oficinas formativas com
ministrantes de São Paulo, Bahia, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande
do Sul e Rio de Janeiro.
Concerto Em Ri Maior |
Representante paranaense
Com o espetáculo Concerto Em Ri Maior, a Cia. dos
Palhaços, de Curitiba, foi a única trupe paranaense a integrar o projeto que
percorreu o país. Este é um grupo de circo, teatro e música que estuda a arte
do palhaço e do circo, da música e da improvisação. “Nossa pesquisa é focada na
linguagem do palhaço, a tendo como um elo com outras linguagens. Pesquisamos o
circo, o teatro, a música, a dança e tentamos misturar todos estes elementos
dentro dos espetáculos da companhia e temos buscado uma linguagem própria”,
conta Felipe Ternes. O ator interpreta o Palhaço Sarrafo, cuja missão é ser o
mediador entre o também palhaço e maestro russo, Wilson Chevchenco,
interpretado por Eliezer Vander Brock.
Percorrendo o país
desde abril, Ternes conta que foi possível conhecer pelo Sesc diferentes
realidades brasileiras. “Com o Palco Giratório tivemos a oportunidade de nos
apresentarmos para um distinto público brasileiro que normalmente não teríamos
acesso. Conhecemos diversos grupos, entendemos um pouco as necessidades do
nosso país e percebemos que em muitos lugares os recursos não chegam. Enquanto
artistas precisamos resistir para que a cultura chegue a todos os lugares e
possa transformar a vida de pessoas, nem que seja por apenas um instante”,
acredita.
Espetáculos
Concerto Em Ri Maior |
Trabalhando com
formas, cores, luzes e sensações, a Cia. Caixa do Elefante, de Porto Alegre
(RS), apresentou a peça Cuco – A
linguagem dos bebês no teatro, voltado para crianças a partir de seis meses.
A companhia, fundada há 27 anos, tem no elenco Ana Luiza Bergmann e Bruna
Baliari Espinosa e já apresentou as montagens em diversos países da Europa, e
das Américas Latina e do Sul.
Os argentinos radicados
em São Paulo, Esteban Hetsh e Pablo Nordio, são os palhaços do Circo Amarillo,
que encenaram o espetáculo Clake, com
direção de Domingos Montagner. “A estrutura do espetáculo foi criada para a rua
onde ocorrem mil coisas, desde cachorros, caminhões, buzinas e bêbados. Ali
ficamos soltos para fazer piadas e improvisos com o público”, conta Nordio.
Acompanhados por um
móvel que utiliza a estrutura de um piano e de um instrumento criado pelos
atores, batizado como sanfona de buzinas, eles demonstram em cena habilidades
com malabares, monociclo, música e em emocionar o público. “Há uma carência
muito grande pelo riso e aliamos esta necessidade a um espetáculo que faz uma
viagem musical e desperta emoções. Nossos corpos são partituras musicais que nos
mostram o que temos para fazer e o que conseguimos reproduzir”, destaca o ator.
Também passaram pelos
palcos paranaenses as peças Looping:
Bahia Overdub, com os atores Felipe de Assis, Leonardo França e Rita
Aquino, de Salvador/BA; Farinha com
açúcar – ou sobre sustança de meninos e homens, com Coletivo Negro, de São
Paulo/SP; O crivo, com Ateliê do
Gesto, de Goiânia/GO; Como manter-se
vivo?, com Flávia Pinheiro, de Recife/PE; Fauna, com Quatroloscinco, de Belo Horizonte/MG; Desastro, com Grupo Neto Machado, de
Salvador/BA; A Salto Alto – Entre
gentilezas e extermínios, com Circo no Ato, do Rio de Janeiro/RJ, e Animo Festas, com La Cascata Cia.
Cômica, de São José dos Campos/SP.
BOX 1:
Palco Giratório em números:
Brasil:
20 grupos
8 festivais
132 cidades
625 apresentações
1.679 horas de oficinas
Paraná:
11 grupos
3 mostras
8 cidades
36 apresentações
124 horas de oficinas
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