Uma economia do tamanho do Brasil
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O jornalista Paulo Henrique Amorim |
Estabilidade econômica, conquista da liquidez internacional, produção energética e de alimentos, desenvolvimento regional e demanda doméstica indicam a construção de uma sólida economia no país
O jornalista defende que o país passa por um momento histórico e irreversível, tornando-se uma sociedade capitalista de massa, ou seja, criou-se uma demanda doméstica. “Em uma única geração, incorporamos à classe C mais de 40 milhões de pessoas e fizemos isso dentro de um regime democrático, ao contrário dos demais países do BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul”, avalia. Quando cita a democracia, Amorim é enfático ao dizer que os três poderes ao lado da imprensa, funcionam perfeitamente. “Temos aqui um bem imaterial chamado contrato, que permite com que haja previsibilidade e solidez das instituições políticas e econômicas”, destaca o jornalista.
Nova geografia econômica

Ele cita uma recente pesquisa da Mackenzie, publicada no Wall Street Journal, que revela que em 2025, 75% das maiores companhias do mundo estarão nos mercados emergentes. “O Brasil está ficando do tamanho do Brasil. Das 50 maiores obras em curso no mundo, 15 estão no Brasil. Para se ter uma ideia, somente as usinas de Belo Monte, no Rio Xingu; de Santo Antônio e de Jirau, empreendimentos que juntos somam R$ 59 bilhões, além da transposição do Rio São Francisco; da Usina Nuclear Angra III; do rodoanel, em São Paulo; do Cinturão das Aguas, no Ceará e do arco rodoviário do Rio de Janeiro e os 12 estádios de futebol em construção no país”, relaciona Amorim.
Consumo em alta
Contrariando o pessimismo dos empresários registrado no começo do semestre deste ano, Amorim destaca que os números do crescimento do varejo são positivos para as vendas de fim de ano. “De acordo com balanço realizado pelo Bradesco, este será um Natal brilhante, seguindo o crescimento médio anual na casa de 4%. O desemprego no país está em 5,3%, um dos mais baixos do mundo e hoje, o salário mínimo nos Estados Unidos é 11% menor do que aqui. Há 158 shoppings centers em construção no Brasil. Onde está a crise?”, questiona.
Para o jornalista não há espaço para amadorismo no país que em 2020 será o quinto maior mercado consumidor do mundo. “Só vai crescer quem conhecer a classe C, que usa cartão e consume celular, cursos, casa, tem carteira assinada, computador e, agora, usa a CVC”, conclui.
Texto: Silvia Bocchese de Lima
Fotos: Walter Alves (Kuko)
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