Cooperativismo e empreendedorismo de mãos dadas



Reconhecido como uma das principais lideranças do cooperativismo no país, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski assume a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR

O cooperativismo paranaense tem há mais de quatro décadas um árduo defensor, o engenheiro agrônomo João Paulo Koslovski, presidente do Sistema Ocepar, integrado pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e pela Federação das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar). Além disso, é diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e, desde março deste ano, é presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR.

João Paulo Koslovski
Esta é a primeira vez no Brasil que o presidente de uma organização de cooperativas assume o comando estadual do Sebrae/PR - uma oportunidade única do cooperativismo e do empreendedorismo andarem juntos no estado. “O cooperativismo e o empreendedorismo têm muitas coisas em comum, ajudam a melhorar a vida das pessoas, gerando mais empregos, mais e melhor distribuição de renda. Assumir a presidência do Sebrae/PR foi um fato inédito, que representa o reconhecimento pelo importante trabalho que fazem as cooperativas paranaenses”, pontua Koslovski.

Assumir o comando do Sebrae/PR é um desafio para Koslovski, que ao lado das entidades que compõem o Conselho Deliberativo e da diretoria executiva do Sebrae/PR, pretende implementar uma gestão que possa ouvir os anseios do segmento em todo o estado, potencializar as ações e programas que promovam o empreendedorismo e as micro e pequenas empresas. Além disso, o presidente pontua como desafiador despertar nos jovens universitários o interesse por empreender. “Os jovens precisam de uma atenção especial nas universidades, talvez com uma disciplina formal em empreendedorismo. Certamente teremos pessoas preparadas para criar e investir em novas alternativas de negócios com visão empresarial e de resultados”, enfatiza.

Bandeiras
Para os próximos dois anos, Koslovski pretende prosseguir com o  trabalho já desenvolvido pela equipe técnica do Sebrae/PR e garantir uma participação cada vez mais ativa dos conselheiros. Ele revela que nos anos de 2011 e 2012, foram atendidos pela instituição mais de 100 mil pequenos negócios. “Os microempreendedores individuais, aqueles pequenos empreendedores recém-formalizados e que desempenham funções como pintor, cabeleireiro, artesão, marido de aluguel também precisam de apoio para se fortalecer e se tornarem empresários de micro e pequenas empresas, empregando assim mais pessoas e movimentando a economia”, acredita.

O presidente destaca que será dada continuidade ao trabalho visando o planejamento estratégico da instituição para 2022, quando o Sebrae/PR e o Sebrae Nacional completarão 50 anos de atuação no estado e no Brasil. “Quero que este planejamento reflita os anseios da comunidade empreendedora. O nosso lema é sempre saber o que querem aqueles que precisam do trabalho do Sebrae e este planejamento precisa ser seguido rigorosamente. É o Projeto Sebrae 2022 que ditará o tom da organização nos próximos anos”, acrescenta o dirigente.

Desafios e dificuldades
Representando um universo de 99% dos estabelecimentos formais no Paraná e no Brasil, as micro e pequenas empresas respondem por 60% dos empregos com carteira assinada e 40% da massa salarial. Este universo de empresas tem desafios a serem superados e um deles é a participação no Produto Interno Bruto (PIB). “Tanto no Paraná quanto no Brasil, as micro e pequenas empresas geram mais empregos que as médias e grandes. Temos o desafio de aumentar a participação do segmento no PIB. As micro e pequenas empresas movimentam atualmente 25% do PIB brasileiro. Em outros países este percentual é bem maior”, revela.

No Paraná, as micro (com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil) e as pequenas empresas (com faturamento maior que R$ 360 mil e menor que R$ 3,6 milhões) representam meio milhão de empreendimentos e outros cerca de 150 mil microempresários individuais faturam até R$ 60 mil ao ano. Embora o mercado paranaense seja amplo e pujante, 25% das micro e pequenas empresas fecham as portas no estado nos dois primeiros anos de vida, período este considerado o mais crítico para um pequeno negócio. “Quase a totalidade dessa mortalidade se deve à falta de orientação técnica. Muitas pessoas, com o desejo de tornar realidade o sonho de empreender, esquecem-se que precisam de informações de entidades como o Sebrae/PR para se tornarem sustentáveis e lucrativas”, acredita Koslovski.

União
As entidades representativas do setor produtivo do Paraná, como a Fecomércio PR, Fiep, Ocepar, Sebrae/PR, Faciap, Faep,  entre outras, têm programas e propostas que podem proporcionar o desenvolvimento do estado. Para Koslovski é a união dessas entidades que faz a diferença no Paraná. “Unidas estas entidades passam a ter mais abrangência, efetividade e poder de fogo para mudar realidades. O diálogo é o melhor caminho para essa construção coletiva. Queremos fortalecer ainda mais este trabalho”, pontua.


Nova Diretoria

A nova diretoria executiva do Sebrae/PR é composta pelo diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta; pelo diretor de Operações do Sebrae/PR, Julio Cezar Agostini e diretor de Gestão e Produção, José Gava Neto.


 Silvia Bocchese de Lima
Foto: Rodolfo Buhrer
Revista Fecomércio PR n° 94

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