Sebastião Salgado


Por inúmeras vezes, Sebastião Salgado me emocionou. Foi como Isabelle Francq, afirmou em Da minha terra à Terra: “contemplar uma fotografia de Sebastião Salgado é ter uma experiência da dignidade humana.” A primeira vez que vi seu trabalho foi em uma biblioteca e, com “Retratos de Crianças do Êxodo”, me deparei com imagens de vítimas de guerras e crises. Chorei diante daqueles olhares carregados de sofrimento.

As fotografias em preto e branco de Trabalhadores aprofundaram e reforçaram minha consciência social e cidadã sobre o trabalho árduo, penoso, que exaure as forças de homens e mulheres ao redor do mundo.

Na exposição Gênesis chorei copiosamente diante de uma foto gigante de uma iguana marinha, registrada em Galápagos. Fazia uma semana que um amigo havia se envolvido em um grave acidente automobilístico e ainda corria risco de morte. Mesmo aos prantos fui tomada por uma paz, levada a observar os detalhes daqueles imagens captadas e a acreditar que o criador também poderia reconstruir… assim como o fez com meu amigo.

Em “Sal da Terra”, novamente fui impactada pelo seu poder – ao lado da esposa Lélia – de fazer a diferença e temperar o mundo. A criação do Instituto Terra, a transformação de uma fazenda de solo árido, seco e pobre em uma floresta que salvou mais de duas mil nascentes são ações impactantes e louváveis. 

Hoje, novamente, fui tomada pelas lágrimas e pude compreender, mais uma vez, que o trabalho de Sebastião Salgado não é apenas fotografia — é testemunho, é resistência, é amor pela vida em todas as suas formas. Ele é amor pela Terra.




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