Culinária de uma Crise
Negar uma crise, dar a ela dimensões menores do que as que possui ou, simplesmente, torná-la banal. Estas têm sido, costumeiramente, as reações diante de uma crise, de um escândalo, envolvendo pessoas, políticos, instituições ou organizações.
É sabido, porém, que ninguém, ou quase ninguém quer “ficar no gol” ou assumir para si alguma responsabilidade, já cantou Erasmo Carlos. Mas é fato, também, que o país vive um período crítico, envolvendo lideranças, instituições, partidos, homens e mulheres eleitos para serem representantes desta nação e do seu povo.
Talvez, este seja o pior escândalo político da história brasileira mas, certamente, é o que teve a maior divulgação pela mídia, isso devido a enorme abrangência dos interesses econômicos envolvidos.
Se na receita de um bom administrador de crise, como alertam os manuais, é essencial haver a prevenção, este, possivelmente, foi o primeiro ingrediente que faltou para o governo Lula.
Prevenção na escolha da sua base aliada, dos selecionados para serem suportes de sua administração. Quem sabe, este ítem da receita foi substituído por “esgueiração”, ou seja, o presidente “untou-se”, e ao se tentar encontrá-lo, desaparecia sem ser percebido e nos deparamos com um governo capenga, sem base, pilar ou viga de sustentação.Mário Rosa, em “A Era do Escândalo”, fornece o segundo ingrediente: a informação. Rosa acredita que este é o antídoto contra qualquer especulação. Doses generosas de informações impedem que fermento seja adicionado à crise e faz com que a vontade de especular abatume, diminua progressivamente.
Mas é preciso estar atento, a receita pede informação. Por isso, é importante não deixar uma pitada, sequer, de dúvida. É indispensável cortá-la pela raiz e responder a todo e qualquer questionamento.
Outro detalhe para esta receita é o braço do cozinheiro, que deve ser forte e capaz de não deixar o caldo entornar. Além disso, é necessário quilos de confiança. Ingrediente, esse, fundamental, porém escasso no mercado. E quando confiança acaba, Rosa alerta que está decretada a sentença de morte profissional ou empresarial do cozinheiro.
Diante desta receita, é preciso escolher atentamente cada produto, e que nenhum venha a faltar. É preciso, também, limpar toda a sujeira da cozinha, usar palha de aço para que o brilho da panela, ou quem sabe da estrela, possa voltar.
O mais importante: que como resultado desta receita e desta crise política, não seja entregue ao povo brasileiro um pizza extra-grande.
É sabido, porém, que ninguém, ou quase ninguém quer “ficar no gol” ou assumir para si alguma responsabilidade, já cantou Erasmo Carlos. Mas é fato, também, que o país vive um período crítico, envolvendo lideranças, instituições, partidos, homens e mulheres eleitos para serem representantes desta nação e do seu povo.
Talvez, este seja o pior escândalo político da história brasileira mas, certamente, é o que teve a maior divulgação pela mídia, isso devido a enorme abrangência dos interesses econômicos envolvidos.
Se na receita de um bom administrador de crise, como alertam os manuais, é essencial haver a prevenção, este, possivelmente, foi o primeiro ingrediente que faltou para o governo Lula.
Prevenção na escolha da sua base aliada, dos selecionados para serem suportes de sua administração. Quem sabe, este ítem da receita foi substituído por “esgueiração”, ou seja, o presidente “untou-se”, e ao se tentar encontrá-lo, desaparecia sem ser percebido e nos deparamos com um governo capenga, sem base, pilar ou viga de sustentação.Mário Rosa, em “A Era do Escândalo”, fornece o segundo ingrediente: a informação. Rosa acredita que este é o antídoto contra qualquer especulação. Doses generosas de informações impedem que fermento seja adicionado à crise e faz com que a vontade de especular abatume, diminua progressivamente.
Mas é preciso estar atento, a receita pede informação. Por isso, é importante não deixar uma pitada, sequer, de dúvida. É indispensável cortá-la pela raiz e responder a todo e qualquer questionamento.
Outro detalhe para esta receita é o braço do cozinheiro, que deve ser forte e capaz de não deixar o caldo entornar. Além disso, é necessário quilos de confiança. Ingrediente, esse, fundamental, porém escasso no mercado. E quando confiança acaba, Rosa alerta que está decretada a sentença de morte profissional ou empresarial do cozinheiro.
Diante desta receita, é preciso escolher atentamente cada produto, e que nenhum venha a faltar. É preciso, também, limpar toda a sujeira da cozinha, usar palha de aço para que o brilho da panela, ou quem sabe da estrela, possa voltar.
O mais importante: que como resultado desta receita e desta crise política, não seja entregue ao povo brasileiro um pizza extra-grande.
Silvia Bocchese de Lima
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